domingo, 30 de agosto de 2009

Alterar data de fotos com ExifTool

Estava procurando como alterar a data da tabela Exif e achei um artigo que traduzi livremente.

Original em inglês em http://www.tectonic.co.za/?p=1970
December 31, 2007 By Alastair Otter


"Alterar data de fotos com ExifTool
Quantas vezes aconteceu de você comprar uma câmera nova ou substituir a bateria da sua câmera e, depois de tirar centenas de fotos, você percebe que esqueceu de configurar a data? Agora todas as suas fotos foram tiradas em janeiro de 2000 em vez de setembro de 2009. Editar manualmente a data de criação de cada foto, uma por uma é uma tarefa assustadora, principalmente se você tira muitas fotos. Fazer isso com um único comando usando o ExifTool é um processo bem mais simples.

Exiftool é um script Perl criado por Phil Harvey que torna possível editar praticamente cada informação de um metadado Exif (Exchangeable image file format) associado a fotos.

Mudar a data de criação é simples: basta saber quanto atrasada está a data da sua câmera e depois instruir o ExifTool a ajustar todas as fotos:

Por exemplo, digamos que o clock da sua câmera foi resetado para 2000:01:01 00:00:00 quando você coloca uma nova bateria em 2005:11:03 10:48:00. Todas as suas imagens estão com os timestamps errados por 5 anos, 10 meses, 2 dias, 10 horas e 48 minutos. Para corrigir isso, coloque todas as imagens no mesmo diretório ("DIR") e rode o ExifTool:

$ exiftool “-DateTimeOriginal+=5:10:2 10:48:0″ DIR

Claro que o ExifTool faz muito mais que mudar datas e vale a pena investir um tempo conhecendo o script se você leva fotografia a sério. Mas, para correções rápidas de data ExifTool também é ideal."

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Como eu não estava disposto a fazer contas para saber o atraso da data, simplesmente coloquei o mesmo timestamp em todas as fotos:

$ exiftool -DateTimeOriginal='2009-08-30' /*.jpg

sábado, 22 de agosto de 2009

Fé demais não cheira bem (Lúcio Mauro Filho para oglobo.com)

Nunca votei, não voto e não pretendo votar no PT. Gostei desse artigo por ter sido escrito por um PTista de carteirinha.

Fé demais não cheira bem
Artigo publicado no site oglobo.com escrito por Lúcio Mauro Filho.

Em outubro de 2002, nós artistas fomos convidados a participar de um encontro com o então candidato à Presidência da República Luis Inácio Lula da Silva na casa de espetáculos Canecão, no Rio de Janeiro. Fui ao encontro como eleitor de Lula desde o meu primeiro voto e também como cidadão brasileiro ansioso por mudanças na forma de se fazer política no país. O clima era de festa, com muitos colegas confraternizando e um sentimento que desta vez a vitória viria.

Na porta principal da casa, uma tropa de políticos do PT e da coligação partidária recebia a todos com bottons, apertos de mãos firmes e palavras de ordem. E no meio de quadros tão interessantes da nossa política, este que vos fala foi recebido justamente por quem? Pelo Bispo Rodrigues (hoje ex-político e ex-religioso).

As pulgas correram todas para trás da minha orelha. Ser recebido no encontro do Lula com os artistas pelo bispo da Igreja Universal filiado ao extinto PL não era bem o que eu esperava daquela ocasião. Era um prenúncio claro do que viria a acontecer depois.

Veio o apoio do PTB de Roberto Jefferson, que tinha horror a Lula, mas que mesmo assim acabaria recomendando o voto no candidato do PT, como forma de desagravo ao então presidente do seu partido, José Carlos Martinez, que por sua vez tinha ódio por José Serra, a quem considerava culpado pela volta aos jornais da história do empréstimo que ele teria recebido de Paulo César Farias, no início dos anos 90. Com essa turma, a candidatura de Lula chegava à reta final.

A vitória veio e, com ela, uma onda de otimismo e de esperança em dias melhores, de mais inclusão, mais justiça social e menos corrupção e descaso. Éramos os pentacampeões mundiais no futebol e com Lula presidente ninguém segurava essa Nação. Pra frente Brasil!

Depois de dois anos de namoro, os ventos começaram a mudar com o surgimento de uma gravação onde Waldomiro Diniz, subchefe de assuntos parlamentares da Presidência da República, extorquia um bicheiro para arrecadar fundos para as campanhas eleitorais do PT e do PSB no Rio. O fato foi tratado como um deslize isolado de um funcionário de segundo escalão que de forma alguma representava a ideologia do Partido dos Trabalhadores. Waldomiro foi afastado do governo.

Em meados do ano seguinte surgiu uma nova gravação, onde o então funcionário dos correios Maurício Marinho aparecia recebendo dinheiro de empresários. Ele dizia ter autorização do deputado Roberto Jefferson do PTB. Em defesa de seu aliado, o presidente Lula afirmou na época que confiava tanto em Jefferson que lhe daria um "cheque em branco".

As investigações foram aprofundadas e na base do "caio, mas levo todo mundo junto", o deputado afirmou em entrevista à "Folha de São Paulo" que existia uma prática de mesada paga aos deputados para votarem a favor de projetos de interesse do governo. Lula deu o cheque em branco e recebeu de volta a crise que derrubaria, um por um, os homens fortes do seu partido. E de uma hora para outra, José Dirceu, José Genoíno, Antônio Palocci, João Paulo Cunha e outros políticos que tanto admirávamos, chafurdaram na lama da política suja, com histórias de abuso de poder, tráfico de influência e até coisas inimagináveis, como dólares transportados em cuecas e saques em boca de caixa totalmente suspeitos.

Acabou a inocência. O PT começou a desprezar quadros importantes do partido que não concordavam com as posições incoerentes com a luta pela ética e a moralização do país. Pior do que isso, acabou por expulsar alguns deles, como a senadora Heloísa Helena e os deputados Babá e Luciana Genro. Outros saíram por também não concordarem com as práticas até então impensáveis para um partido que se julgava detentor da bandeira da honestidade. E assim partiram Cristovam Buarque e Fernando Gabeira.

Apesar de toda uma nova geração de políticos interessados em refundar o partido e aprender com os erros, como José Eduardo Cardozo, Delcídio Amaral e Ideli Salvati, o PT preferiu manter a estratégia do aparelhamento, do fisiologismo e do poder a todo custo, elegendo o pau mandado Ricardo Berzoini novo presidente do partido. Ele representava o Campo Majoritário, grupo que sempre esteve na presidência do PT desde sua fundação.

Depois que nada foi provado na CPI do Mensalão, o Partido dos Trabalhadores percebeu que a bandeira da ética já não importava mesmo e começou novamente uma fase "rolo compressor" de conchavos e blindagens com o que há de pior na política brasileira. Veio o segundo mandato e com ele o fato. O presidente Lula cada vez mais nas mãos do PMDB, o partido que definitivamente não está nem aí com ideologias, ética ou qualquer coisa parecida.

Depois da derrocada dos grandes caciques do PT, restou Dilma Roussef, a super ministra, como única opção de candidatura para a sucessão do presidente Lula. Mas Dilma não tem carisma nenhum. É uma figura técnica, fria. Precisa desesperadamente do presidente preparando palanques com dois anos de antecedência, emprestando toda a sua popularidade, como uma espécie de "ghost charisma". Precisa também do PMDB com seus acordos e chantagens como co-patrocinador político da candidatura.

Para isso, foi preciso o governo se meter em mais outra crise e comprovar que é muito mais PMDB que PT. Depois de Jefferson, Bispo Rodrigues, Severino Cavalcanti, os eleitores do Lula estão tendo que agüentar o pior. Ver o presidente de mãos dadas com Fernando Collor, Renan Calheiros e José Sarney. E ver um Conselho de Ética formado em sua maioria por suplentes como os senadores Wellington Salgado, Gim Argello e até o presidente do conselho, Paulo Duque, que afirmou que "adora decidir sozinho".

No momento em que políticos como Aloizio Mercadante tentam juntar os cacos do PT, tomando atitudes coerentes com o que o partido sempre pregou, lá vem o executivo com sua emparedada já tradicional, desautorizando o líder de sua bancada, mais uma vez constrangido pela direção do PT. E as promessas as quais me referi lá atrás, Delcídio e Ideli, votaram a favor do arquivamento de tudo e da permanência do que aí está. Mais uma vez, o fim justifica os meios.

E assim, é a vez de Marina Silva abandonar o barco, cansada de guerra. A ex-ministra do Meio Ambiente que viu o presidente Lula entregar nas mãos do ministro extraordinário de assuntos estratégicos, Mangabeira Ünger, o Programa Amazônia Sustentável (PAS). Justo ela, uma cidadã da Amazônia. Foi a gota d'água. Desautorizada, Marina deixou o cargo. Agora, deixa o partido. E o Mangabeira Ünger? Voltou para Harvard para não perder o salário de professor (em dólar), deixando os assuntos estratégicos para o passado.

Esse é o atual panorama da política nacional. Deprimente. Políticos dizendo na cara de seus eleitores que realmente estão se lixando. Acabou o pudor. Com o presidente Lula corroborando tudo que é canalhice e uma oposição que é também responsável por tudo que aí está, pois governaram o país por todos esses anos e ajudaram a moldar todas as práticas que o governo do PT aperfeiçoou, talvez estejamos realmente precisando de uma terceira via.

Eu não sei se imaginei um cenário tão devastador quando constrangido evitei o aperto de mão do Bispo, lá na porta do Canecão. Mas um trocadilho não me sai da cabeça: "Fé demais não cheira bem".

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Firefox 3.5: Como mostrar o botão de fechar quando tiver apenas uma aba

Por padrão, quando o Firefox 3.5 só tem uma aba aberta, ela não tem o botão de fechar. É possível fechar a página aberta nessa aba usando CTRL+W ou clicando com o botão do meio do mouse. Para ter o botão de volta, adicione o seguinte código abaixo no userChrome.css (*):

.tabbrowser-tabs[closebuttons="alltabs"] > .tabbrowser-tab > .tab-close-button {
display: -moz-box !important;
}
.tabbrowser-tabs:not([closebuttons="noclose"]):not([closebuttons="closeatend"]) > .tabbrowser-tab[selected="true"] > .tab-close-button {
display: -moz-box !important;
}
Assim, quando tiver apenas uma aba, o botão de fechar estará disponível, só que fecha o browser. Para fechar a página e o browser continuar aberto, no about:config, altere a entrada "browser.tabs.closeWindowWithLastTab" para false

* O arquivo userChrome.css fica na pasta chrome dentro da pasta do perfil do usuário. Se o arquivo não existir, copie e renomeie o userChrome-example.css e faça as alterações.

Fonte: http://mozillalinks.org/wp/2009/07/disable-tab-tearing-and-six-other-firefox-3-5-tab-tweaks/

terça-feira, 30 de junho de 2009

mkisofs no mandriva 2009.1

No Mandriva 2009.1 o mkisofs é disponibilizado pelo pacote cdrkit-genisoimage através do genisoimage.
Alguns programas (por exemplo, o Kdenlive) buscam o mkisofs. Se na instalação do
cdrkit-genisoimage o link simbólico para o mkisofs não for criado, deve ser feito manualmente:

# ln -s /usr/bin/genisoimage /usr/bin/mkisofs

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Tema do windows XP no Firefox do Linux

Não sei porque, mas o tema padrão do Firefox para Linux (Tango) é diferente do tema padrão criado para o Windows XP, que é bem mais bonito. O Jed Liu resolveu o problema modificando o tema criado para o Vista.

O tema Strata XP on Linux pode ser baixado aqui.

As diferenças básicas no visual:


Tema do Linux (Tango)



Tema do Windows XP

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Configurar proxy para todos os programas

No Mandriva:
MCC/Rede & Internet/Proxy e preencher os campos proxy http e ftp com os valores abaixo:

Se o proxy tiver autenticação:
http://usuario:senha@ip_do_proxy:porta
ftp://usuario:senha@ip_do_proxy:porta
Se não tiver autenticação
http://ip_do_proxy:porta
ftp://ip_do_proxy:porta

Se não tiver o MCC, pelo terminal devem ser criadas duas variaveis no arquivo /etc/profiles:

Se o proxy tiver autenticação:
http_proxy="http://usuario:senha@ip_do_proxy:porta"
ftp_proxy="ftp://usuario:senha@ip_do_proxy:porta"
export http_proxy ftp_proxy

Se não tiver autenticação
http_proxy="http://ip_do_proxy:porta"
ftp_proxy="ftp://ip_do_proxy:porta"
export http_proxy ftp_proxy

domingo, 18 de janeiro de 2009

Desktop Itautec - Nunca Mais

Enviei um email para a Itautec com o texto aí de baixo quase sem alterações:

Em novembro de 2007 meu pai pediu que comprasse um computador para ele. Insisti para que eu montasse a máquina, argumentando que sairia bem mais barato e com componentes de melhor qualidade, mas fui vencido pela possibilidade de parcelamento em várias vezes, oferecida somente pelo varejo.

Pelas opções disponíveis, resolvi comprar um desktop da Itautec. Pensando no tempo que a empresa está no mercado e na qualidade dos produtos que eu conheci no passado, imaginei que os desktops atuais tivessem uma qualidade melhor que a dos concorrentes encontrados no varejo. Descobri que o chipset das placas mãe eram Intel em vez do Sis da concorrência, o que me fez decidir pela marca.

A primeira decepção foi com o Librix enviado com o micro, que eu não conhecia e imaginei ter alguma qualidade por ser baseado no Gentoo. Para vocês terem uma idéia, o Mandriva 2008.1 live-cd iniciava mais rápido que o Librix instalado no HD!!! Nem é preciso dizer que ele não durou nem um dia na máquina e foi subsituído pelo Mandriva.

Bom, vamos ao que interessa. Logo no início do uso do computador a imagem na tela começou a oscilar (escuro/claro). Levei na assistência técnica, e me disseram que não havia pasta térmica entre o processador e o dissipador, que eles passaram pasta e que o problema havia sido resolvido. Não aceitei a desculpa mas, como o problema não aconteceu diante do técnico, não pude fazer nada. De qualquer forma, absurdo o produto sair da linha de montagem sem a pasta.

Conforme esperado, depois de um tempo de uso, a imagem começou a oscilar novamente. Voltei na assistência, e pedi que colocassem na OS que o problema só acontecia depois de um tempo de uso. Dessa vez, o problema foi constatado, e fui informado que o micro foi enviado para a Itautec e que a placa mãe foi trocada.

O micro voltou (a meu ver, depois de um tempo longo) e o problema havia sido resolvido. Uns meses depois, a imagem começou a oscilar novamente. Terceira visita à assistência técnica, e novamente a informação que a placa mãe havia sido trocada.

Problema resolvido novamente. Adivinhem o que aconteceu? Depois de um tempo a imagem voltou a oscilar, só que agora a garantia acabou, depois de 2 placas mãe trocadas fiz um pedido de extensão da garantia, já que a placa é nova e, nesse caso, acredito que tenho direito a mais um tempo para trocar a placa novamente.

Na minha cabeça, fica a imagem de uma Itautec que já foi boa e hoje usa produtos de péssima qualidade, considerando que 3 placas mãe deram o mesmo problema (a que veio no micro e as duas que foram trocadas).

Caso a garantia não seja estendida, me resta lamentar muito, testar uma placa de vídeo externa e torcer para que o problema não seja na placa mãe e sim no chipset de video. Senão, comprar uma placa mãe decente nova. De qualquer forma, passar a nunca, mas nunca mais mesmo, recomendar produtos da Itautec, sejam desktops ou notebooks, tanto para conhecidos, no trabalho.