domingo, 4 de dezembro de 2011

live USB de ISO

Para transferir um ISO para um pendrive em vez de um CD/DVD, primeiro é preciso identificar o pendrive:


# ls -l /dev/disk/by-id/*usb*

A saída vai ser algo parecido com isso:

lrwxrwxrwx 1 root root  9 Dez  5 00:16 /dev/disk/by-id /usb-Kingston_DataTraveler_2.0_5B820E000750-0:0 -> ../../sdb
lrwxrwxrwx 1 root root 10 Dez  5 00:16 /dev/disk/by-id/usb-Kingston_DataTraveler_2.0_5B820E000750-0:0-part1 -> ../../sdb1

Onde sdX é o nome real do dispositivo. Neste caso, sdb.


Desmonte o pendrive:
# umount /dev/sdX1

Agora são duas opções:

Usando o dd_rescue, que pode ser baixado do repositório:
# dd_rescue /path/to/iso/nome_do_arquivo.iso /dev/sdX

O dd_rescue mostra o andamento da gravação:

Summary for openSUSE-11.2-KDE4-LiveCD-i686.iso -> /dev/sda:
dd_rescue: (info): ipos: 18944.0k, opos: 18944.0k, xferd: 18944.0k
errs: 0, errxfer: 0.0k, succxfer: 18944.0k
+curr.rate: 62925kB/s, avg.rate: 62925kB/s, avg.load: 29.9%
[...]

ou usando o dd:
# dd if=nome_do_arquivo.iso of=/dev/sdX bs=8M

Que só mostra a saída no final da gravação:

87+0 records in
87+0 records out
729808896 bytes (730 MB) copied, 179,351 s, 4,1 MB/s


Testei a gravação com sucesso no Mandriva usando o dd_rescue e no Opensuse usando o dd.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Como consertar: CTRL+F4 não fecha aba no Firefox

No linux, CTRL+<Fn> é tecla de atalho padrão para alternar entre as áreas de trabalho. Como só uso uma, CTRL+F4 não faz ação nenhuma, já que está associado à 4a área de trabalho.

Para remover esse atalho, no KDE, vá em Configurações do Sistema/Administração do Computador/Mouse e Teclado/Atalhos de Teclado Globais. Selecione o componente Kwin e a ação Mudar para a Área de Trabalho 4. Selecione Personalizada e o atalho Nenhum.



Pronto, o CTRL+F4 volta a fecha a aba no Firefox.

Tá bom, sei que CTRL+w também fecha, mas são anos de hábito que é dificil mudar.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Google, Motorola e a Veja

Não sou jornalista, não tenho nehum vínculo com a Google e não tenho nenhuma técnica para escrever textos longos. Qualquer coisa estranha a quem sabe escrever/formatar, já sabe porque.

Existem dois grandes assuntos que tenho um interesse muito grande e, posso dizer que domino um pouco: carros/automobilismo e tecnologia, incluindo o negócio por trás dela.

Já fui assinante da revista Veja e, frequentemente, reportagens com erros absurdos dos assuntos que domino eram publicadas. Enviei vários emails e nunca obtive resposta da revista. Com isso, surgiu uma dúvida: se as reportagens sobre carros, automobilismo e tecnologia tinham erros constantes, será que as de medicina, biologia, neurologia, economia, saúde, psicologia etc estavam todas corretas?

Hoje em dia, parece que nada mudou. Parece que Veja não tem preocupação nenhuma com a retidão de suas reportagens, que ultimamente tem falado muito da Apple. Até em reportagens sobre o uso de e-books na educação, aproveitam para colocar fotos do iPad e Steve Jobs, mesmo que na reportagem não tenha uma linha sequer falando do iPad.

Na última edição (2231, de 24 de agosto), falando sobre a compra da Motorola pela Google, a impresão que dá é que quem escreveu a matéria não entendeu nada do negócio e não quis perder mais uma oportunidade para escrever sobre a Apple.

Fico impressionado com a idolatria (recente, já que em 2007, usuários da Apple reclamaram muito das reportagens sobre o iPhone) da revista Veja à Apple e ao CEO Steve Jobs, a ponto de produzir a tal reportagem sobre a compra da Motorola Mobility pela Google e escrever mais sobre a Apple que sobre a compra.

Vamos à reportagem.

Na seção de negócios, Veja criou o seguinte título para a reportagem: "O Google quer abocanhar a Apple" e diz que "Com o negócio a empresa passará a desafiar a supremacia da maçã prateada de Steve Jobs".

A reportagem tem início enaltecendo a Apple, falando de sua evolução, inovação, de seu valor de mercado atual, da expectativa de valor para o futuro, lojas virtuais e afirma que "a maçã prateada de Jobs é a empresa de tecnologia mais bem sucedida da história"

Sobre este início de reportagem, 2 comentários:

- Apenas de 2009 para cá que os preços das ações da Apple começaram a se distanciar do preço das ações da IBM. Isto a tornou a empresa de TI mais valiosa atualmente. Isto está muito, mas muito longe de ser "a empresa de tecnologia mais bem sucedida da história", ignorando totalmente que, por exemplo, a IBM existe há mais de 100 anos, que tem funcionários que ganharam 5 prêmios nobel e 6 Turing Awards, que investe em pesquisa, desenvolvimento e inovação e que fabricou 212 dos 500 maiores supercomputadores do mundo.

- Nao considero que a Apple tenha inovado tanto como prega a imprensa não especializada. Eles tiveram o mérito de perceber as oportunidades do mercado antes de todo mundo e conseguir tornar popular o que já havia sido inventado, lançando produtos que o grande público (graças à imprensa não especializada) acha inovador.


Continuando, a reportagem diz que "para tentar tirar a supremacia da Apple o Google comprou (...) a Motorola Mobility, por 12,5 bilhoes de dolares". Fala sobre a forma de faturamento da Google, explica que é a dona do Android, que não deixará de fornecer o sistema aos fabricantes parceiros e que "na tentativa de crecer, ela ficará mais parecida com a Apple". E conclui o parágrafo dizendo que, "de acordo com analistas do setor, o atual modelo de negócios do Google havia chegado ao esgotamento". 

Depois, falando sobre o futuro da internet no celular, cita o ex-gerente para a América Latina do adSense, Roberto Grosman, que diz "Nao acredito que o Google esteja interessado na fabricação de aparelhos em si, até porque a margem que se ganha fazendo hardware é pequena, muito menor do que se ganhha produzindo software."

Bom, se a Google não tem interesse em fabricar aparelhos, como ela tentaria ficar mais parecida com a Apple? E, tentar tirar a supremacia da Apple em qual área? Se for no mercado, não faz sentido. Poderia ter sido explicado.

Sobre o que disseram analistas do setor sobre o esgotamento do atual modelo de negócios da Google, de qual setor são os analistas? Não é uma conclusão muito simples para uma reportagem da seção de negócios da revista?

Então, veio a parte principal: "Para os especialistas, um dos principais motivos que fizeram o Google desembolsar um valor considerado elevado para fechar a compra foi o fato de que a Motorola carrega 17000 patentes, acumuladas durante anos de pesquisa na área. Outras 7500 patentes da empresa estão sob análise do governo americano e também deverão ser acrescidas ás demais. Assim, o Google terá mais poder de barganha para se defender na intensa disputa por direitos autorais que ocorre nesse setor. Cada aparelho lançado carrega uma série de inovações desenvolvidas por diferentes empresas. No preço final de um dispositivo (um celular, por exemplo) está embutido o valor dos royalties devido a seus criadores. O Google, dessa forma, poderia fazer acordos com outras companhias para reduzir suas despesas com direitos autorais"
Esse deveria ter sido a parte mais importante e com mais destaque da reportagem, tanto por ser o assunto mais discutido durante toda a semana passada todas as vezes que se falou da compra, quanto por ter sido a parte em que a reportagem citou a opinião dos especialistas. Mas a Veja preferiu escrever só este parágrafo. Será que é porque tinham dado 3 páginas para a autora da reportagem e ela já tinha falado muito da Apple?

Na minha opinião (não sou especialista, é só a opinião formada depois de uma semana de leituras diversas) esse é o único motivo da Google ter comprado a Motorola. Com as patentes, ela tem como apoiar os outros fabricantes, entrando com patentes de peso na imbecil guerra de patentes de software.

A reportagem ainda terminou o parágrafo com uma informação totalmente maluca quando diz que "O Google, dessa forma, poderia fazer acordos com outras companhias para reduzir suas despesas com direitos autorais". Até onde eu sei, a Google não tem despesa nenhuma com direitos autorais. Muito pelo contrário, quando questionaram a Microsoft, sobre eles processarem e fazerem acordos com os fabricantes de aparelhos (HTC, Amazon, etc) por supostas violações de patentes do Android, eles justificam que quem tem lucro com os aparelhos são os fabricantes, não a Google. Com as patentes na manga, a Google tem a chance de acabar com essas ameaças e cobranças, aumentar o ecossistema em torno do Android e lucrar mais com propaganda.

Para terminar, as ilustrações da reportagem. Em uma página, uma foto do inventor do celular e um StarTAC (ocupando a metade de cima da página) e na outra, uma foto enorme (ocupando mais da metade da página) do Steve Jobs com um iPhone ao fundo. Nas legendas das fotos, o texto: "Ele fez primeiro,... (Martin Cooper, que inventou, na Motorola, o primeiro celular, o DynaTac. Acima, o popular StarTAC) ...Mas ele fez melhor (Steve Jobs, na apresentação do iPhone. Com o aparelho, a Apple iniciou a sua ascensão ao posto de maior empresa de tecnologia do mundo)."

Mais uma mentira pra babar o ovo/fazer propaganda/confirmar sua idolatria/<o que você quiser escrito aqui> da Apple. O povão que lê a Veja (sim, os leitores são mais instruídos, mas na média não entendem nada de tecnologia), só quer saber de comprar iPhone e iPad que a Veja sempre diz que é o melhor e não questionam informações falsas. Maior empresa de tecnologia do mundo...

Na parte de baixo da página, sem explicação nenhuma, sem legenda nenhuma, tem a seguinte tabela comparativa:

Vendas no segundo trimestre de 2011:
iPadXoom
Tablets9,25milhões440.000
iPhoneDroid
Smartphones20,3milhões4,4milhões

Tabela altamente favorável à Apple, certo? Só faltaram alguns detalhes, como por exemplo:
  • citar a fonte dos dados;
  • informar se foram vendas no varejo ou atacado;
  • incluir todos os aparelhos da Motorola, não só o Droid (cadê o Atrix, Milestones, Defy, Spice, Backflip, Dext, só pra ficar nos mais famosos?);
  • informar que estão incluídos todos os iPhones (2, 3, 3GS e 4).


Resolvi procurar uma estatística com fonte, achei duas da Gartner:
A primeira, mostra o total de aparelhos vendidos, comparando com o segundo trimestre de 2010:

Vendas mundiais de dispositivos móveis para usuários finais no 2o Trim. 2011 (Thousands of Units)




Vendor

2Q11
 Units

2Q11 
Market 
Share (%)


2Q10

 Units

2Q10 
Market 
Share (%)
Nokia
97,869.3

22.8

111,473.7

30.3
Samsung
69,827.6

16.3

65,328.2

17.8

LG
24,420.8
5.7
29,366.7
8.0
Apple
19,628.8
4.6
8,743.0
2.4
ZTE
13,070.2

3.0

6,730.6

1.8

Research In Motion
12,652.3

3.0

11,628.8
3.2

HTC

11,016.1

2.6

5,908.8
1.6

Motorola
10,221.4
2.4
9,109.4
2.5

Huawei Device
9,026.1


2.1

5,276.4

1.4

Sony Ericsson
7,266.5

1.7

11,008.5
3.0

Others
153,662.1
35.8
103,412.6
28.1

Total

428,661.2


100.0
367,986.7
100.0

Source: Gartner (August 2011)


A Apple mostrou um crescimento absurdo, dobrando as vendas de telefones e quase duplicando o market share. A Motorola aumentou pouco suas vendas, e o market share ficou estável. Note a quantidade vendida, bem diferente da tabela tendenciosa da Veja: mais de 10 milhões de unidades.


A segunda tabela, é mais interessante, mostra as vendas por sistema operacional, também comparando o segundro trimestre de 2010 com 2011:

Worldwide Smartphone Sales to End Users by Operating System in 2Q11 (Thousands of Units)

Operating System

2Q11 
Units

2Q11 
Market
Share
(%)

2Q10
 Units

2Q10 
Market 
Share
(%)
Android
46,775.9
43.4
10,652.7
17.2

Symbian

23,853.2
22.1

25,386.8

40.9
iOS
19,628.8
18.2
8,743.0
14.1

Research In Motion

12,652.3

11.7

11,628.8

18.7

Bada

2,055.8
1.9

577.0

0.9

Microsoft

1,723.8
1.6

3,058.8
4.9

Others

1,050.6
1.0
2,010.9
3.2

Total

107,740.4

100.0
62,058.1

100.0
Source: Gartner (August 2011)


O iOS também cresceu, de 14.1 para 18.2 de market share, mas o crescimento do Android, que é quem gera receita para a Google foi espantoso! Passou de 17,2% para 43,4% de market share. Praticamente metade do mercado de smartphones é de Android, que gera um caminhão de dados para a base de dados da Google direcionar suas propagandas. Assim, qual o interesse da Google em concorrer com a Apple? Nenhum! Pelo contrário, ela quer é que sejam vendidos mais aparelhos com Android, seja lá de que fabricante for, para que ela venda mais propaganda, que é sua principal fonte de receita. Inclusive, o CEO da Samsung deu as boas vindas à Google, já sabendo que as patentes adquiridas facilitarão a vida deles com relação às ameaças de processo.

Se eu estiver errado nestas críticas, por favor, comentem.

Edit: Hoje o Steve Jobs renunciou ao cargo de CEO da Apple. Quão orfã a Veja ficará. E também, a Samsung reuniu seus principais executivos para discutir um plano B. Quem sabe dessa vez o Bada não reapareca com força?

domingo, 19 de junho de 2011

Bad RPMs

Se durante a instalação de pacotes no Mandriva ou Mageia (pelo menos na versão 1), ocorrer o erro "A instalação falhou - RPMs ruins/Installation Failed - Bad RPMs":

1. Limpar o cache:
su
rmdir --ignore-fail-on-non-empty /var/cache/urpmi/partial

2. Atualizar a base UPRMI:
urpmi.update -av

Depois instalar novamente.

Fonte: http://forum.mandriva.com/en/viewtopic.php?t=111430